segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vou escrever pra dor passar.


Que dor? Não sinto nada que possa ser chamado de dor. Eu sinto um buraco em mim com essa falta do que fazer.
Senhor tempo, estive pensando em algumas ideias para o seu trabalho. Poderia conversar com a politica do tempo e pedir para que criem controles para que nós, humanos, possamos diminuir nossos atrasos, para que haja uma melhora no quesito "tempo sem remédio". Pense com carinho e dedicação nas pessoas que te admiram MUITO.
Agradeço desde sempre.
E a voz da Maddi pede para que eu acredite mais uma vez. Fico aqui, me perguntando no quê. Afinal, não há muita coisa que se possa acreditar hoje em dia. Nossa, nem parece que sou eu aqui, escrevendo essas coisas tão escuras e sem esperança. Eu já fui mais viva, sabe? Mas alegre e com um coração enorme. Na verdade sempre aceitei tudo de uma maneira incrível. Acho que os problemas começam quando crescemos. Descobrimos o outro lado que nossos pais tentam esconder e nos proteger a vida toda. Acho que no caso dos meus - pais - eles foram abrindo as portas do "inferno" aos poucos. Pronto, está aberta.
Agora ela me diz que é impossível. Impossível o que, minha filha? E não fique cantando nesse tom de tristeza não, viu? Já me basta essa vida sem o cabo da frigideira. Já estou cansada de me queimar. Cante-me algo mais alegre, algo que me faça sorrir pelo menos um pouco....
Estive pensando em andar por ai. Me divertir com o pouco que me resta. Talvez fazer de conta que a rua do outro lado do quarteirão é a 5ª Avenida e que talvez eu veja algum artista tomando um café só pra começar o dia com mais energia. Vou olhar pro céu e ver um sol escaldante de um verão como nenhum outro. Assim do nada, como num passe de mágica, eu vou me virar e da de cara com a torre Eiffel. Vou comprar um chá e deliciar o ambiente vestida de amarelo. Amarelo? Sim, amarelo. Não sei o motivo, mas eu sempre me vi de amarelo em Paris. Talvez eu canse do chá, do amarelo, da torre e num estalo de dedos voltarei pro meu sofá. Ele mesmo. Empoeirado, mal afofado com aquela cor de vermelho apagado. Vou sorrir das minhas loucuras ao som de Last Nite do The Strokes. Talvez eu esteja vendo a 5ª Avenida na VH1, bebendo um chá e vestida de amarelo. Vai entender...ou melhor VAI ME ENTENDER!

cuidado para não morrer, de tanto tentar!